Crime financeiro nas Seychelles

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CRIME FINANCEIRO NAS SEICHELES

VISÃO GERAL

Um guia para perguntas e respostas sobre crimes financeiros e de colarinho branco em Seychelles.

Estas Perguntas e Respostas fornecem uma visão geral de alto nível de assuntos relacionados a fraude corporativa, suborno e corrupção, abuso de informação privilegiada e de mercado, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, manutenção de registros financeiros, due diligence, responsabilidade corporativa, imunidade e leniência, e denúncia de irregularidades.

FRAUD

DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES E AUTORIDADES

1. Quais são as principais disposições regulamentares e leis relevantes para a fraude corporativa?

Nas Seychelles, por exemplo, os delitos relacionados à fraude corporativa são encontrados em inúmeras leis:

  • Lei das Empresas Internacionais 2016
  • Lei de 2013 da Autoridade de Serviços Financeiros
  • Lei de Portaria das Empresas de 1972
  • Securities Act 2007
  • Lei Anti-Corrupção 2016
  • Código Penal
  • Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004

ABERTURA

2. Quais são as infrações específicas relevantes à fraude corporativa?

As infrações específicas relevantes à fraude corporativa são encontradas na Lei de Autoridade de Serviços Financeiros de 2013 e são as seguintes:

  • Lavagem de dinheiro
  • Financiamento do terrorismo
  • uso indevido de informações
  • Crimes relacionados à desonestidade
  • Defraudando os credores
  • Agindo com a intenção de defraudar ou de má fé
  • Quebra de Confiança
  • Prestação de falsas declarações
  • conspiração para defraudar

IMPLEMENTAÇÃO

3. Quais autoridades têm o poder de processar, investigar e aplicar em casos de fraude corporativa ou comercial? Quais são esses poderes e quais são as conseqüências do não cumprimento? Favor identificar quaisquer diferenças entre as investigações criminais e regulamentares.

AUTORIDADES

Nas Seychelles, as autoridades com poderes de acusação, investigação e execução em casos de fraude corporativa ou comercial são as seguintes.

  • O escritório executivo da empresa (CEO) ou um funcionário da comissão anti-corrupção
  • Polícia
  • Unidade de Inteligência Financeira (FIU)
  • Autoridade Supervisora Financeira (FSA)
  • Tribunal de Justiça das Seychelles

PODERES DE APLICAÇÃO DA LEI

Sob a Lei Anti-Corrupção de 2016, os processos em relação a casos de fraude corporativa devem ser instaurados por ou com o consentimento do Procurador Geral da República. Entretanto, a FSA ainda tem o poder de revogar as aprovações em caso de não conformidade.

PODERES DE INTERROGATÓRIO

A polícia e autoridades relacionadas têm o direito de questionar. Após conduzir uma investigação, o CEO da Comissão Anti-Corrupção pode solicitar (por escrito) que uma pessoa responda a certas perguntas relacionadas com a suposta infração.

PODERES PARA PESQUISAR/OBRIGAÇÃO DE DIVULGAR

Segundo o Código Penal, um policial está autorizado a realizar uma busca com um mandado emitido pelo tribunal. Entretanto, a FIU, juntamente com as autoridades de combate à lavagem de dinheiro, pode igualmente investigar através de buscas. Isto porque as leis contra a lavagem de dinheiro nas Seychelles permitem à FIU investigar e congelar os fundos dos fraudadores. Sob a Lei Anti-Corrupção, um funcionário da Comissão pode fazer buscas nas instalações e apreender e remover provas relevantes. Isto é feito na presença do proprietário do local (ou de uma pessoa no controle do local).

PODERES PARA OBTER PROVAS

O tribunal tem o poder, segundo o Código de Processo Penal, de obter provas. Depois disso, o CEO da Comissão poderá investigar mais a fundo.

PODER DE PRISÃO

A polícia e suas agências associadas têm principalmente o poder de prender.

A Seção 57(1) da Lei Anti-Corrupção de 2016 prevê que as seguintes pessoas podem agir se tiverem motivos razoáveis para acreditar que uma pessoa cometeu, está cometendo ou está prestes a cometer uma ofensa relacionada à corrupção:

  • O CEO
  • Um funcionário da Comissão Anti-Corrupção que recebeu permissão do CEO

Você pode solicitar que a polícia prenda essa pessoa sem um mandado e que essa pessoa seja tratada sob a Seção 101 do Código de Processo Penal. A lei prevê que os detidos devem comparecer perante um magistrado/juíz em um período de 24 horas.

ORDENS JUDICIAIS OU MEDIDAS PROVISÓRIAS

Ordens judiciais e/ou ordens de restrição são emitidas pelo tribunal.

4. Qual autoridade toma a decisão de acusar e em que base é tomada essa decisão? Existem métodos alternativos de descarte e sob quais condições é feito o descarte?

Nas Seychelles, o tribunal é acusado nos termos do Código Penal. O tribunal considera e determina se o acusado agiu com intenção fraudulenta antes de decidir se deve ou não acusar. A Comissão Anti-Corrupção, estabelecida pela Lei Anti-Corrupção 2016, tem o poder de investigar sempre que uma queixa é feita dentro da Comissão.

5. Quais são as penalidades para o envolvimento em fraudes corporativas?

PROCEDIMENTOS CRIMINAIS

Direito à fiança. A polícia tem o direito de pagar a fiança até o julgamento. O juiz decide então se o julgamento deve ou não ser adiado. Entretanto, a polícia deve levar o detido ao tribunal dentro de um período de 24 horas.

Penalidades. Os indivíduos acusados de fraude corporativa são condenados sob a Lei de Processo Penal (Confisco Civil) e o tribunal pode impor uma multa de SCR500.000 ou prisão por cinco anos ou ambos.

PROCESSO CIVIL

Um indivíduo considerado culpado de fraude corporativa pode:

  • Faça com que suas contas sejam congeladas pela FIU
  • Ser condenado ao pagamento de multas
  • Eles estão numa situação em que não podem obter permissão para realizar certas atividades no país

GARANTIAS DE SEGURANÇA

6. Existem medidas para proteger a condução de investigações? Existe um processo de apelação? Existe um procedimento de revisão judicial?

CARTA

Segundo a Lei 2018 da Comissão de Direitos Humanos das Seicheles, os acusados têm direito a um julgamento justo e são presumidos inocentes até prova em contrário, com direito a apelação. O Tribunal de Apelação de Seychelles é o último tribunal de apelação. O Presidente é o chefe do Tribunal de Apelação e normalmente se reúne com dois juízes de apelação.

REVISÃO JUDICIAL

Qualquer parte insatisfeita com o processo decisório de um órgão público pode solicitar à Suprema Corte a revisão da decisão.

7. Quais são os principais regulamentos e leis relevantes para o suborno e a corrupção?

As principais disposições regulamentares e leis relevantes ao suborno e à corrupção nas Seychelles são as seguintes:

  • Código de Ética e Conduta para o Serviço Público 2008
  • Lei Anti-Corrupção 2016
  • Seychelles Transparency Initiative (estabelecida em 2017)

8. Quais convenções internacionais anticorrupção se aplicam em sua jurisdição?

A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção 2003 (Convenção da Corrupção) foi assinada pelas Seychelles em 2004 e ratificada em 2006.

ABERTURA

9. Quais são os crimes específicos de suborno e corrupção em sua jurisdição?

FUNCIONÁRIOS ESTRANGEIROS

Um funcionário público pode ser considerado culpado se ele for culpado:

  • Prometer (de forma corrupta ou ilegal), oferecer, aceitar, tentar aceitar ou receber, concordar em aceitar, receber ou dar satisfação para si mesmo como um incentivo ou obter uma vantagem imprópria por fazer ou omitir fazer algo em relação a qualquer assunto ou transação com a qual um órgão público estrangeiro esteja ou possa estar preocupado.
  • Solicitar ou aceitar (direta ou indiretamente) uma vantagem imprópria de, ou lucrar com qualquer pessoa com o propósito de não agir no desempenho de suas funções oficiais.
  • abusar de sua posição, cargo e autoridade.
  • Violação do procedimento de aquisição ou não cumprimento intencional do procedimento.

(Seção 29, Lei Anti-Corrupção 2016).

FUNCIONÁRIOS DOMÉSTICOS

Não há crimes específicos de suborno e corrupção para funcionários públicos domésticos nas Seychelles.

SUBORNO COMERCIAL PRIVADO

Um funcionário público não deve solicitar, receber ou concordar em aceitar ou tentar receber ou obter uma recompensa de qualquer pessoa como incentivo para qualquer ato ou omissão em relação a um assunto ou transação com um órgão privado (seção 23(3), Lei Anti-Corrupção 2016).

DEFENSES

10. Que defesas, portos de abrigo ou isenções existem e quem pode se qualificar?

A principal defesa é a capacidade de convencer o tribunal de que o suposto infrator não participou do crime. A lei não especificou uma maneira particular de provar isto. Entretanto, se for feita uma queixa, a Comissão e o CEO investigarão mais a fundo para determinar se a alegada prática corrupta é frívola ou maliciosa (Seção 48(1), Lei Anti-Corrupção, 2016).

Não são oferecidas outras defesas.

11. pessoas (por exemplo, cônjuges) e procuradores podem ser responsabilizados por essas infrações e sob que circunstâncias?

A lei das Seicheles é silenciosa em relação a pessoas associadas, como cônjuges ou agentes. Entretanto, a seção 40 da Lei Anti-Corrupção 2016 prevê que qualquer pessoa que, como terceiro, com qualquer pessoa, cometa, auxilie, seja cúmplice, aconselhe ou conspire para cometer uma ofensa também será culpada dessa ofensa e qualquer penalidade será imposta à pessoa que comete a ofensa.

Sob a seção 51 da Lei, todo diretor e gerente de uma pessoa jurídica é responsável como se tivesse cometido a ofensa até que possa satisfazer ao tribunal que o ato foi cometido sem seu conhecimento, consentimento ou participação. Se a Comissão considerar (por motivos razoáveis) que uma pessoa esteve envolvida em uma ofensa e/ou se beneficiou de gratificações ou vantagens, ela pode instaurar um processo civil contra essa pessoa (seção 77(1) da Lei Anti-Corrupção).

IMPLEMENTAÇÃO

12. Quais autoridades têm o poder de processar, investigar e aplicar em casos de suborno e corrupção? Quais são esses poderes e quais são as conseqüências do não cumprimento? Favor listar quaisquer diferenças entre investigações criminais e administrativas.

AUTORIDADES

Nas Seychelles, as seguintes autoridades têm o poder de processar, investigar e aplicar em casos de suborno e corrupção:

  • O CEO ou um funcionário da Comissão Anti-Corrupção
  • Polícia
  • FIU
  • FSA
  • Tribunal de Justiça das Seychelles

PODERES DE APLICAÇÃO DA LEI

Nos termos da Lei Anticorrupção 2016, os processos relativos a casos de fraude corporativa devem ser instaurados pelo ou com o consentimento do Procurador Geral, embora a FSA possa revogar as licenças por descumprimento.

PODERES DE INTERROGATÓRIO

A polícia e autoridades relacionadas têm o direito de questionar. Após conduzir uma investigação, o CEO da Comissão Anti-Corrupção pode solicitar (por escrito) que uma pessoa responda a certas perguntas relacionadas com a suposta infração.

PODERES PARA PESQUISAR/OBRIGAÇÃO DE DIVULGAR

Segundo o Código Penal, um policial está autorizado a realizar uma busca com um mandado emitido pelo tribunal. Entretanto, a FIU, juntamente com as autoridades de combate à lavagem de dinheiro, pode igualmente investigar através de buscas. Isto porque, nas Seychelles, as leis contra a lavagem de dinheiro permitem à FIU investigar e congelar os fundos dos fraudadores. A Lei Anti-Corrupção prevê que um funcionário da Comissão pode consentir a entrada, busca, apreensão e remoção de provas na presença do proprietário ou pessoa no controle das instalações.

PODERES PARA OBTER PROVAS

O tribunal tem o poder de obter provas sob as disposições do Código de Processo Penal. Depois disso, o CEO da Comissão poderá investigar mais a fundo.

PODER DE PRISÃO

A polícia e suas agências associadas têm principalmente o poder de prender.

A Seção 57(1) da Lei Anti-Corrupção de 2016 prevê que as seguintes pessoas podem agir se tiverem motivos razoáveis para acreditar que uma pessoa cometeu, está cometendo ou está prestes a cometer uma ofensa relacionada à corrupção:

  • O CEO
  • Um funcionário da Comissão Anti-Corrupção que recebeu permissão do CEO

Você pode solicitar que a polícia prenda essa pessoa sem um mandado e que essa pessoa seja tratada sob a Seção 101 do Código de Processo Penal. A lei prevê que os detidos devem comparecer perante um magistrado/juíz em um período de 24 horas.

ORDENS JUDICIAIS OU MEDIDAS PROVISÓRIAS

Ordens judiciais e/ou ordens de restrição são emitidas pelo tribunal.

13. Qual autoridade toma a decisão de acusar e em que base é tomada essa decisão? Existem métodos alternativos de descarte e sob quais condições é feito o descarte?

Um oficial da Comissão Anti-Corrupção pode procurar a assistência da polícia, da FIU ou da Comissão Fiscal das Seychelles na investigação. Primeiro deve ser feita uma reclamação dentro da Comissão, que depois será investigada. A Comissão investigará então o seguinte:

  • A seriedade da conduta a que as alegações se referem
  • Se há algum fator agravante em relação às alegações
  • Se a reclamação foi sujeita a uma investigação prévia

Se o CEO determinar que a alegação tem mérito, ele deve decidir se a Comissão deve conduzir a investigação ou se o caso deve ser encaminhado a outra autoridade. A Comissão Anti-Corrupção pode buscar a assistência da polícia, da FIU ou da Comissão Fiscal das Seychelles na investigação.

CONDENAÇÕES E SANÇÕES

14. Quais são as sanções para o envolvimento em suborno e corrupção?

PROCESSOS CIVIS/ADMINISTRATIVOS OU PENALIDADES

A FSA tem diretrizes específicas que os órgãos da empresa devem cumprir. O não cumprimento destas diretrizes pode resultar em penalidades, tais como multas e/ou revogação da licença.

PROCEDIMENTOS CRIMINAIS OU PENALIDADES

Direito a fiança. Ver pergunta 3 e pergunta 5.

Penalidades. As penas por suborno e corrupção incluem uma multa não superior a SCR 300.000 e/ou prisão por um período não superior a sete anos.

Os fundos e bens do réu podem ser congelados.

GARANTIAS DE SEGURANÇA

15. Existem medidas para proteger a condução de investigações? Existe um processo de apelação? Existe um procedimento de revisão judicial?

Veja a pergunta 6.

TRATAMENTO FISCAL

16. Existem circunstâncias nas quais pagamentos como subornos, resgates ou outros pagamentos por extorsão ou extorsão de dinheiro são dedutíveis do imposto como despesas comerciais?

Não há circunstâncias em que pagamentos como subornos, resgates ou outros pagamentos baseados em extorsão ou extorsão sejam dedutíveis do imposto como despesas comerciais.

17. Quais são as principais disposições regulamentares e leis relevantes para o abuso de informação privilegiada e de mercado?

A principal disposição estatutária relativa ao abuso de informação privilegiada e de mercado está contida nas Seções 92 a 103 da Securities Act 2007.

ABERTURA

(18) Quais são as infrações específicas que podem ser usadas para processar o abuso de informação privilegiada e o abuso de mercado?

De acordo com o Seychelles Securities Act 2007, uma pessoa é conhecida por ser um informante interno se ela estiver ciente de que a informação é considerada informação privilegiada. Informações internas são descritas como qualquer detalhe relacionado a títulos específicos ou à emissão de títulos que não tenham sido tornados públicos.

Uma pessoa é culpada desta ofensa quando é encontrada:

  • Negociação de títulos relacionados cujo preço é afetado por estas informações
  • Encorajar outra pessoa a negociar em títulos com base nessas informações
  • divulgação de informações
  • Manter, aumentar, diminuir ou causar flutuações no preço de mercado dos títulos através de uma compra ou venda que não envolva uma mudança na propriedade benéfica
  • Entrar ou executar transações relacionadas a títulos que possam direta ou indiretamente aumentar, diminuir ou estabilizar seu preço de mercado com a intenção de induzir ou parar a venda ou compra de títulos emitidos pela mesma ou por uma afiliada
  • Publicar declarações, promessas ou projeções que sejam enganosas e falsas a fim de induzir ou tentar induzir outra pessoa a negociar títulos

DEFENSES

19. Que defesas, portos de abrigo ou isenções existem e quem pode se qualificar?

Uma pessoa pode ter uma defesa se puder demonstrar que tinha motivos razoáveis para acreditar que a informação privilegiada alegada era conhecida do público.

IMPLEMENTAÇÃO

20. Quais autoridades têm o poder de processar, investigar e aplicar em casos de abuso de informação privilegiada e de mercado? Quais são esses poderes e quais são as conseqüências do não cumprimento? Favor identificar quaisquer diferenças entre as investigações criminais e regulamentares.

AUTORIDADES

As autoridades que regem os poderes de acusação, investigação e aplicação da lei em casos de abuso de informação privilegiada e abuso de mercado são as seguintes

  • O CEO ou um funcionário da Comissão Anti-Corrupção
  • A polícia
  • FIU
  • FSA. Isto foi estabelecido sob a Lei de Autoridade de Serviços Financeiros como a principal autoridade em casos de abuso de informação privilegiada ou de mercado. A FSA age sob:
    • promover a proteção dos investidores
    • manter programas eficazes de cumprimento e aplicação
    • para promover e prevenir crimes financeiros e práticas ilegais
    • Tribunal de Justiça das Seychelles

PODERES DE APLICAÇÃO DA LEI

Sob a Lei Anti-Corrupção de 2016, os processos em relação a casos de fraude corporativa devem ser instaurados por ou com o consentimento do Procurador-Geral da República. Entretanto, a FSA pode revogar licenças em casos de não conformidade.

PODERES DE INTERROGATÓRIO

A FSA pode confiar ou nomear qualquer especialista ou pessoa competente para realizar as tarefas que lhe forem confiadas.

A polícia e autoridades relacionadas têm o direito de questionar. Após conduzir uma investigação, o CEO da Comissão Anti-Corrupção pode solicitar (por escrito) que uma pessoa responda a certas perguntas relacionadas com a suposta infração.

PODERES PARA PESQUISAR/OBRIGAÇÃO DE DIVULGAR

Segundo o Código Penal, um policial está autorizado a conduzir uma busca com um mandado emitido pelo tribunal. Entretanto, a FIU também pode investigar em conjunto com as autoridades de combate à lavagem de dinheiro. Além disso, sob a Lei Anti-Corrupção, um funcionário da Comissão pode fazer buscas nas instalações e apreender e remover provas relevantes. Isto está previsto que o funcionário o faça na presença do proprietário do local (ou de uma pessoa no controle do local).

PODERES PARA OBTER PROVAS

O tribunal tem o poder, segundo o Código de Processo Penal, de obter provas. Depois disso, o CEO da Comissão poderá investigar mais a fundo.

PODER DE PRISÃO

A polícia e agências relacionadas têm os mais importantes poderes de prisão.

A Seção 57(1) da Lei Anti-Corrupção de 2016 prevê que as seguintes pessoas podem agir se tiverem motivos razoáveis para acreditar que uma pessoa cometeu, está cometendo ou está prestes a cometer uma ofensa relacionada à corrupção:

  • O CEO
  • Um funcionário da Comissão Anti-Corrupção que recebeu permissão do CEO

Você pode solicitar que a polícia prenda essa pessoa sem um mandado e que essa pessoa seja tratada sob a Seção 101 do Código de Processo Penal. A lei prevê que os detidos devem comparecer perante um magistrado/juíz em um período de 24 horas.

ORDENS JUDICIAIS OU MEDIDAS PROVISÓRIAS

Veja a pergunta 3.

21. Qual autoridade toma a decisão de acusar e em que base é tomada essa decisão? Existem métodos alternativos de descarte e sob quais condições é feito o descarte?

A FSA, juntamente com o tribunal, toma a decisão de apresentar queixa em casos de abuso de informação privilegiada ou de mercado.

CONDENAÇÕES E SANÇÕES

22. Quais são as penalidades para o uso de informações privilegiadas e abuso de mercado?

PROCESSOS CIVIS/ADMINISTRATIVOS OU PENALIDADES

A FSA pode suspender e revogar licenças se uma empresa:

  • Contra a Lei da Autoridade de Serviços Financeiros de 2013 ou qualquer outra legislação ou orientação sobre serviços financeiros emitida pela Autoridade.
  • Viola as disposições da Securities Act de 2007.
  • Funciona de forma prejudicial ao interesse público
  • Interrompe a operação da bolsa de valores

A FSA pode tomar medidas se este for o caso:

  • A liderança ou gestão de uma empresa trabalha desonestamente
  • Um licenciado viola o Securities Act 2007
  • Um licenciado é condenado por uma ofensa envolvendo fraude ou desonestidade
  • Um licenciado conduz ou tenta conduzir os negócios de uma maneira que pode ser prejudicial a seus credores ou clientes

PROCEDIMENTOS CRIMINAIS

Direito à fiança. A FSA não prevê o direito à fiança (ver pergunta 5).

Penalidades. Uma pessoa que comete um crime é, por condenação sumária, ou/ambos a:

  • Multa de US$ 100.000 ou o equivalente em rupias Seychelles ou até três anos de prisão (para indivíduos).
  • multa de USD 200.000 ou seu equivalente em Rúpias das Seychelles (SCR)

EMPRESAS CIVIS

Uma pessoa condenada por abuso de informação privilegiada é responsável por qualquer ação civil movida por qualquer pessoa por perdas econômicas sofridas como resultado da venda ou compra de títulos.

GARANTIAS DE SEGURANÇA

23. Existem medidas para proteger a condução de investigações? Existe um processo de apelação? Existe um procedimento de revisão judicial?

Veja a pergunta 6.

24. Quais são as principais leis e regulamentos relevantes para a lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e/ou violações de sanções financeiras/ comerciais?

A fim de conter e combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, Seychelles tomou importantes medidas. Em 2012, foram feitas emendas à Lei de Lavagem de Dinheiro para aumentar a independência da FIU. Como parte dessas emendas, foi estabelecido um prazo específico para o congelamento administrativo dos bens e para a produção de documentos e informações relevantes pelas partes relacionadas. A FIU também trabalhou para solidificar sua estrutura legal que rege as atividades offshore.

Seychelles foi avaliada pelo Fórum Global da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como estando em total conformidade com as normas de intercâmbio internacional. Em Seychelles, a FSA reporta casos de transações suspeitas à FIU, que depois reporta ao Presidente.

LAVAGEM DO DINHEIRO

Seychelles tem regimes terroristas autônomos sob a Lei Anti-Lavagem de Dinheiro de 2006 e a Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004 e é bem conhecido que a violação de sanções é uma ofensa criminal em Seychelles.

FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

A Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004 é a mais importante peça de legislação relacionada ao financiamento do terrorismo.

SANÇÕES FINANCEIRAS/ COMERCIAIS

Seychelles, que é membro da ONU, implementa todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU relacionadas com sanções financeiras/ comerciais.

ABERTURA

25. Quais são as infrações específicas que podem ser usadas para processar a lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e violações de sanções financeiras/ comerciais?

LAVAGEM DO DINHEIRO

Uma pessoa pode ser considerada culpada de lavagem de dinheiro se ela/ela for culpada:

  • sabe ou acredita que o dinheiro ou a propriedade deriva de conduta ilegal
  • é imprudente ao determinar se a propriedade é ou não derivada de conduta indevida; e
  • converte, transfere, manipula ou remove o imóvel
  • oculta a verdadeira natureza, origem, localização e propriedade da propriedade ou de qualquer um de seus direitos; ou
  • usa e toma posse da propriedade

Se uma pessoa tenta, aconselha, conspira ou contribui de alguma forma para a lavagem de dinheiro, ela pode ser responsabilizada e pode ser julgada e punida sob a Lei de Lavagem de Dinheiro de 2006.

De acordo com a Lei de Lavagem de Dinheiro, uma pessoa considerada culpada de lavagem de dinheiro está sujeita a uma multa não superior a SCR5 milhões e/ou a prisão por um período não superior a 15 anos. Uma pessoa que não é uma pessoa física e é considerada culpada está sujeita a uma multa não superior a SCR10 milhões. A pessoa também pode ter seus bens congelados e estar sujeita a uma proibição de viagem.

FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

De acordo com a Lei de Lavagem de Dinheiro de 2006, o financiamento do terrorismo é descrito como comportamento criminoso. A Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004 descreve um ato terrorista como qualquer ato ou ameaça de ato envolvendo um ato:

  • Graves danos materiais
  • O perigo da vida de um indivíduo
  • Liberação de substâncias perigosas, nocivas, produtos químicos tóxicos ou toxinas no meio ambiente
  • Interrupção, destruição ou desestabilização de serviços e instituições tais como polícia, defesa civil, instituições religiosas, políticas e econômicas de um país ou de uma organização internacional
  • Obrigação do governo ou de uma organização internacional de agir ou se abster de agir
  • intimidação pública
  • Preconceito contra a segurança nacional

Qualquer pessoa que oferece ou coleta fundos (direta ou indiretamente) comete uma ofensa criminal se sabe ou tem motivos razoáveis para acreditar que os fundos serão usados, no todo ou em parte, para financiar atos terroristas. Tal ofensa é punível com prisão entre sete e 20 anos.

SANÇÕES FINANCEIRAS/ COMERCIAIS

Seychelles implementa as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre sanções financeiras/ comerciais.

DEFENSES

26. Que defesas, portos de abrigo ou isenções existem e quem pode se qualificar?

LAVAGEM DO DINHEIRO

A principal defesa é que o réu pode demonstrar que tomou todas as medidas razoáveis e exerceu a devida diligência em relação a isso.

FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

A principal defesa é a divulgação do crime, o que pode impedir a responsabilidade civil e criminal.

IMPLEMENTAÇÃO

27. Quais autoridades têm poderes de acusação, investigação e aplicação da lei em casos de lavagem de dinheiro? Quais são esses poderes e quais são as conseqüências do não cumprimento? Favor listar quaisquer diferenças entre as investigações criminais e regulamentares.

AUTORIDADES

As autoridades que lidam com casos de lavagem de dinheiro são as seguintes

  • FSA
  • FIU
  • A polícia
  • Procurador Geral da República

PODERES DE APLICAÇÃO DA LEI

Veja a pergunta 3.

PODERES DE INTERROGATÓRIO

A polícia e as autoridades relacionadas têm o direito de serem interrogadas. Após a investigação, o diretor executivo da Comissão Anticorrupção pode solicitar que uma pessoa responda às perguntas relacionadas com a suposta queixa e forneça informações pessoalmente.

PODERES PARA PESQUISAR/OBRIGAÇÃO DE DIVULGAR

Sob a seção 22 da Lei de Lavagem de Dinheiro de 2006, um magistrado pode emitir um mandado de busca com base em uma declaração juramentada de provas por um agente imobiliário que seja membro da polícia. Aqui é onde ele/ela está satisfeito(a) de que existem motivos razoáveis para suspeitar que evidências úteis podem ser encontradas.

PODERES PARA OBTER PROVAS

O tribunal tem o poder, segundo o Código de Processo Penal, de obter provas. Depois disso, o CEO da Comissão poderá investigar mais a fundo.

PODER DE PRISÃO

A lei prevê que a polícia e agências relacionadas têm autoridade primária para fazer prisões.

A seção 24(1)(a) da Lei de Lavagem de Dinheiro de 2006 prevê que um agente de prisão pode prender sem mandado um suspeito que esteja cometendo ou tenha cometido conduta criminosa. A Seção 21 da Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004 também declara que a polícia pode prender sem mandado qualquer pessoa que tenha cometido, esteja cometendo ou esteja prestes a cometer uma ofensa nos termos da Lei. O suspeito deve ser libertado em 24 horas, a menos que haja um mandado:

  • Ele/ela é levado a um tribunal e o tribunal ordena que ele/ela seja mantido(a) sob custódia
  • O policial tem motivos razoáveis para acreditar que é necessário continuar a deter o suspeito a fim de preservar ou preservar provas relacionadas com o crime

ORDENS JUDICIAIS OU MEDIDAS PROVISÓRIAS

As ordens judiciais e/ou ordens de restrição devem ser emitidas pelo próprio tribunal.

28. Qual autoridade toma a decisão de acusar e em que base é tomada essa decisão? Existem métodos alternativos de descarte e sob quais condições é feito o descarte?

Veja a pergunta 4.

CONDENAÇÕES E SANÇÕES

29. Quais são as sanções por envolvimento em lavagem de dinheiro, crimes de financiamento do terrorismo e/ou violações de sanções financeiras/ comerciais?

LAVAGEM DO DINHEIRO

Direito à fiança.  Em casos de lavagem de dinheiro, o direito à fiança é o mesmo que para outros delitos (ver pergunta 5).

Penalidades. De acordo com a Lei de Lavagem de Dinheiro, as pessoas consideradas culpadas de lavagem de dinheiro estão sujeitas a uma multa não superior a SCR5 milhões e/ou a prisão por um período não superior a 15 anos. Uma pessoa que não seja um indivíduo considerado culpado de lavagem de dinheiro está sujeito a uma multa não superior a SCR10 milhões. A pessoa também pode ter seus bens congelados e ser proibida de viajar.

FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

Direito a fiança. Veja a pergunta 5.

Penalidades. Segundo a Lei de Prevenção do Terrorismo de 2004, as pessoas consideradas culpadas de financiamento do terrorismo estão sujeitas a uma pena de custódia de sete a 20 anos.

SANÇÕES FINANCEIRAS/ COMERCIAIS

Direito a fiança. Veja a pergunta 5.

GARANTIAS DE SEGURANÇA

30. Existem medidas para proteger a condução de investigações? Existe um processo de apelação? Existe um procedimento de revisão judicial?

Veja a pergunta 6.

31. Quais são os requisitos gerais para manter e divulgar registros financeiros?

A seção 174 da Lei das Empresas Internacionais de 2016 prevê que os registros financeiros de uma empresa devem ser capazes de:

  • Explicar as transações da empresa
  • Permite a determinação precisa da situação financeira da empresa a qualquer momento
  • Ajudar a preparar as demonstrações financeiras da empresa

Os registros financeiros devem ser verdadeiros e justos e devem ser mantidos no escritório registrado ou em qualquer outro lugar que o diretor julgar adequado. Os registros contábeis também devem ser retidos por pelo menos sete anos. Além disso, o Banco deve monitorar todos os desenvolvimentos relacionados ao mercado de crédito e ao mercado de divisas (Seção 32 da Lei do Banco Central das Seychelles). O Banco pode, a qualquer momento, exigir que instituições financeiras ou outras entidades registradas nas Seychelles forneçam informações estatísticas ao executar sua política monetária e funções de supervisão.

32. Quais são as penalidades pela falha em manter ou divulgar registros financeiros precisos?

Uma empresa que infringe o International Business Companies Act 2016 está sujeita a uma penalidade de US$ 100 e uma taxa adicional de US$ 25 por cada dia ou parte de um dia em que a contravenção continua a ocorrer. A mesma penalidade se aplica ao diretor por permitir conscientemente a ocorrência de uma contravenção em relação aos registros financeiros.

A Lei do Banco Central das Seychelles de 2004 prevê que a recusa, negligência ou atraso no fornecimento das informações solicitadas é punível com uma multa de SCR20.000 e prisão de até seis meses.

33. As regras de manutenção de registros financeiros são aplicadas na acusação de crimes econômicos?

Não se aplica. Uma multa pode ser imposta em caso de condenação.

34. Quais são os requisitos e procedimentos gerais de due diligence em relação à corrupção, fraude ou lavagem de dinheiro em contratos com partes externas?

A Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro de 2006 prevê que todas as entidades que relatam devem aplicar procedimentos de diligência devida em relação aos clientes, relações comerciais e transações. De acordo com a Lei Anti-Lavagem de Dinheiro, o procedimento de due diligence refere-se à identificação do cliente com base em documentos ou dados/informações obtidos de fontes confiáveis e independentes. A lei exige que uma empresa aplique medidas de due diligence:

  • O estabelecimento de uma relação comercial
  • Transações pontuais
  • Validação da autenticidade e adequação dos dados e documentos

Investigar as suspeitas de lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e crimes relacionados.

35. Sob que circunstâncias uma pessoa jurídica pode ser responsabilizada criminalmente?

A lei é omissa em relação à possibilidade de uma pessoa jurídica ser processada ou não. Entretanto, a seção 51 da Lei Anti-Corrupção 2016 prevê que sempre que uma ofensa for cometida por uma pessoa jurídica ou uma pessoa jurídica não incorporada, qualquer diretor ou gerente dessa pessoa jurídica será, mediante condenação, responsável como se tivesse cometido pessoalmente a ofensa. A menos que o diretor ou gerente possa provar que a ofensa foi cometida sem o conhecimento, consentimento ou participação do diretor ou gerente.

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